17 agosto 2010

Muralhas



As mãos, seus dedos. A couraça em febre. Foge e tece marcas de arame farpado nos pés. Descalço derrama o vinho. Pobre homem, criação pobre. Sua mãe tem marcas de milho nos joelhos que se transformaram em feridas. Alma ferida. Sina abençoada na igreja de mãos dadas com o pai.

5 comentários:

  1. [a palavra dispensa e supre todos os muros do mundo, queiram aqueles que dela possa dispor saibam desconstruir essa muralha, palavra de fogo]

    um imenso abraço, Maeles

    Leonardo B.

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  2. teu texto é assim,
    pensado, cuidado,
    nos mínimos detalhes.

    as leituras dele precisam
    ser também.

    grande beijo!

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  3. maeles, estás escrevendo divinamente!!!
    adoro tudo que leio de ti!!!
    Saudades!!!

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  4. ICONOCLASTA

    quebro todas imagens
    na sombra do tempo
    chego no olho do sol.

    Cássio Amaral.

    Amor, gostei das imagens do seu poema.

    Beijos! Te amo!

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  5. desdigo a sina
    porque antes
    escrevo-me por linhas
    tortas.

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