Essa lua enlutada, esse desassossego
A convulsão de dentro, ilharga
Dentro da solidão, corpo morrendo
Tudo isso te devo. E eram tão vastas
As coisas planejadas, navios,
Muralhas de marfim, palavras largas
Consentimento sempre. E seria dezembro.
Um cavalo de jade sob as águas
Dupla transparência, fio suspenso
Todas essas coisas na ponta dos teus dedos
E tudo se desfez no pórtico do tempo
Em lívido silêncio. Umas manhãs de vidro
Vento, a alma esvaziada, um sol que não vejo
Também isso te devo.
( Hilda Hislt, Júbilo, memória, noviciado da paixão, p 37)
01 agosto 2010
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hilda é maravilhosa!
ResponderExcluirbeijo, maeles.
hehehe
ResponderExcluiressa vc me deve, mas eu te devo também tantos poemas, estamos quites :)
beijos